TURISMO

O turismo na Serra já é uma atividade tradicional como em todo o Espírito Santo. Seu desenvolvimento decorre fundamentalmente da existência de um bem natural, as praias, que viabilizam o turismo espontâneo da população residente em regiões próximas, no próprio Estado e nos estados vizinhos, especialmente Minas Gerais.

Pesquisa realizada em 1999, na alta estação, traçou o perfil do turista que visita a Serra.

A principal região emissora de turistas para o município é Minas Gerais (47,2%), seguida de outros municípios do Espírito Santo (25,7%), Rio de Janeiro (7,5%), Distrito Federal (6,5%) e São Paulo (5,3%).

O principal motivo da viagem dos turistas é o lazer (85%), seguido pela visita a parentes e amigos (7,1%). O principal meio de hospedagem utilizado é casa de parentes, amigos, casas próprias e alugadas (83%), seguido de hotéis não classificados (7,7%) e hotéis classificados (7,1 %).

Já foram criados e encontra-se em pleno funcionamento o Conselho Municipal de Turismo, que envolve representação de todos os segmentos interessados na atividade, o órgão executivo municipal responsável pelo setor, a Secretaria de Turismo, Cultura, Esporte e Lazer; e o Consórcio Costa Verde Corais, formado pelos municípios da Serra, Fundão e Aracruz.

A rede de hotéis e pousadas existente, que se concentra principalmente na faixa litorânea - Jacaraípe, Manguinhos e Nova Almeida - é composta por 37 estabelecimentos que ofertam aproximadamente 2.000 leitos. Há também uma boa rede de bares e restaurantes. Esses serviços, contudo, padecem com o problema da sazonalidade do turismo de verão.

O município dispõe de várias outras características históricas e naturais que podem ser transformadas em produtos turísticos, o que ainda não aconteceu em função da incipiente política de promoção do turismo. Cabe citar a Área de Proteção Ambiental (APA) do Mestre Álvaro, as lagoas do Joara, Jacuném e Carapebus, a Igreja de Nossa Senhora da Conceição, situada na sua sede, a Igreja dos Reis Magos situada em Nova Almeida, as festas religiosas e populares de São Benedito, os Bandas de Congo, o sítio histórico e as ruínas do Queimado.

Deve-se considerar ainda que eventos e congressos podem ser realizados na faixa litorânea, estimulando o turismo de negócios e a melhor ocupação da infra-estrutura hoteleira.

Vê-se que existe potencialidade no município para o desenvolvimento mais abrangente da atividade turística. E preciso desenvolver os produtos potenciais e promover a atividade.

A expansão do turismo, contudo, não deve ser estruturada tendo em vista apenas a potencialidade e os produtos turísticos do município da Serra. A atividade deve ser planejada levando-se em consideração a potencialidade da Região Metropolitana e adjacências, o que poderá ter como base de desenvolvimento o estabelecimento de parceria entre entes governamentais e agentes da iniciativa privada.


FONTE: Planejamento Estratégico da Cidade - AGENDA 21