A Casa do Congo Mestre Antônio Rosa é uma das maiores conquistas da Sociedade Serrana. Um espaço que existe em função da memória e da cultura, não só da Serra, mas do Espírito Santo e até mesmo do Brasil. Um espaço a serviço da Identidade do Povo. Ela foi fundada no ano de 2000 pela Prefeitura Municipal da Serra através da Secretaria de Turismo, Cultura, Esporte e Lazer.

O ESPAÇO

Ela possui dois grandes princípios norteadores: um, é a divulgação do Patrimônio Histórico e Arquitetônico da Serra, que está passando por um processo de tombamento e reutilização, sendo ela mesma um exemplo desse processo; e outro, é a criação permanente de um espaço Formador de Consciência Histórico-Cultural, onde além de estar divulgando e contribuindo na preservação do congo e de todos os seus elementos, trabalha com várias outras manifestações e iniciativas em relação à cultura. Para a Casa do Congo, investimento em cultura é investimento na qualidade de vida de todos.

A Casa do Congo Mestre Antônio Rosa é uma vitrine para todos aqueles que queiram conhecer o Congo, principal manifestação da Cultura Popular Capixaba, além de outras manifestações artísticas. Um espaço aberto que está sempre divulgando para estudantes, professores e para o público em geral muitos temas que servem para o aprendizado em sala de aula e para a vida, que nos 4 anos, tempo de existência , já recebeu a visita de quase 20 mil pessoas (outubro-2004).

A HOMENAGEM

Esta Casa do Congo, por meio de seu nome, homenageou um homem, Serrano e Congueiro, que teve uma vida dedicada ao congo, trabalhando muito para seu fortalecimento. Este homem é Antônio de Pádua Machado, ou como era conhecido, Mestre Antônio Rosa que nasceu em 26 de Janeiro de 1923, curiosamente um mês depois da Festa de São Benedito na Serra.

Mestre Antônio Rosa seguiu uma tradição de família e se tornou "festeiro" da cidade; foi mestre da Banda de Congo Folclórico de São Benedito, uma das mais antigas do Estado; foi fundador e presidente da Associação de Bandas de Congo da Serra (ABC) e foi responsável pela criação de uma oficina de instrumentos que visava a criação de novas bandas e da organização das existentes. Por tudo isso a homenagem é justa e representativa de todos os Conguistas da Serra e do Espírito Santo.

A CASA

O Prédio que sedia a Casa do Congo também tem muita história e é uma das principais construções do Acervo Arquitetônico do Patrimônio Histórico da Serra. Segundo informações ela possui aproximadamente 140 anos e pertenceu a João Miguel, um importante político e comerciante da Serra. A história da preservação desta casa é muito interessante e remonta a um tempo que ainda não existia nenhuma consciência de preservação do casario da Serra, quando "Dona Mocinha" (esposa de João Miguel) pediu que o marido comprasse a casa para não deixar seu então proprietário demoli-la, pois a casa representava muito para ela, sendo o local onde passou a infância.

Casa do Congo Mestre Antônio Rosa 

FONTE: Planejamento Estratégico da Cidade - AGENDA 21