Em 19 de março de 1849, a Insurreição do Queimado marcou um importante movimento de resistência escravagista no Espírito Santo, lembrado hoje como símbolo de luta e liberdade.
Na data de hoje (19), celebramos o Dia da Insurreição do Queimado, um marco histórico que faz parte da rica e profunda cultura da Serra. Esta data remonta a um dos maiores movimentos de resistência escravagista da história do Espírito Santo.
A revolta teve início em 1849, quando uma promessa não cumprida do frei italiano Gregório José Maria de Bene levou à insurgência de mais de 300 escravizados da Grande Vitória e das fazendas vizinhas. O frei havia prometido a alforria a todos os escravizados que ajudassem na construção da Igreja de Queimados. Quando essa promessa não foi honrada, a rebelião eclodiu no dia 19 de março daquele ano.
Liderada por Chico Prego, João da Viúva e Eliziário Rangel, a revolta mobilizou homens e mulheres que, em sua maioria, foram presos e julgados. Cinco dos envolvidos foram condenados à morte. Entre os líderes, Eliziário Rangel conseguiu escapar, refugiando-se nas matas do Mestre Álvaro, e nunca foi recapturado. Já João da Viúva foi enforcado na Vila de Queimados, e Chico Prego, após ser capturado, também foi enforcado em 11 de janeiro de 1850. Em sua memória, o nome de Chico Prego se tornou um símbolo da resistência, sendo associado à Lei de Incentivo Cultural do município.
Hoje, em Serra Sede, uma estátua em homenagem a Chico Prego, instalada em uma das praças da cidade, simboliza a luta e a resistência dos escravizados. Além disso, a Igreja de Queimados passou por restauração, preservando o Sítio Histórico que guarda a memória dessa importante revolta.
Em 2025, completam-se 176 anos da Insurreição de Queimado. Uma data para refletirmos sobre a história, a luta pela liberdade e a memória daqueles que resistiram à opressão.
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